sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dilma e suas convicções convenientes

Ontem, estava começando a assistir o horário eleitoral, e quase guspi o café com leite que estava tomando, quando ouvir Dilma dizer, no primeiro dia do programa eleitoral gratuito do 2º turno, em alto e bom som: "Primeiramente eu gostaria de agradecer A DEUS por ...." Ora, vejam só, se não é a Dilma dando indícios de fé! E isso sem ocorrer nenhum fenômeno de conversão pública, que eu saiba...
Para contextualizar a minha surpresa nas afirmações da presidenciável, preciso lembrar que, segundo as entrevistas fornecidas por Dilma, desde os tempos da Casa Civil e antes, podia se constatar que ela era atéia ou agnóstica.
Em excelente reportagem, o jornal Mensageiro da Paz do mês de Setembro fez uma descrição do perfil dos candidatos à presidência, que eu considerei bastante isenta e ética, pois forneceu as fontes de suas afirmações, e inclusive apontou claramente os pontos fracos de nossa irmã Marina (que de qualquer forma, para mim, era a melhor candidata). 
Nessa reportagem, pode-se observar que Dilma já afirmou que "não tinha certeza" se Deus existia, mas que quando o "barco balançava", ela talvez fazia uma "rezinha"... Não é de se admirar a sua tendência ao ateísmo, que aliás, é uma das bandeiras do comunismo (nem sempre expressa, mas a história demonstra que os regimes comunistas sempre perseguiram as igrejas, e tentaram de todas as formas eliminar qualquer tipo de fé).Admira-me muito, aliás, a afirmação de Dilma de que "não se arrepende" do que já fez, durante os tempos de resistência armada à ditadura. Muitos excessos foram cometidos, com certeza, pela resistência não-pacífica ao regime. É duro saber que Dilma "não se arrepende" dessas barbaridades.
Agora Dilma vem com essa conversa, com essa história de "defender os valores cristãos" e de que é contra o aborto, mas terá que "enfrentar a questão no futuro". Ah, me conta outra, por favor. Sou muito mais Serra, que sempre foi católico, e nunca mudou de fé ou de convicções políticas para agradar ou A ou B. Sempre foi contra o aborto, e deixou isso claro em suas manifestações públicas.
Aliás, quem observa as "novas convicções" da Dilma percebe algo que a velha ideologia ainda deixou impregnado: "Sou contra o aborto, porque é uma violência contra a mulher". Quer dizer, não que seja problema a morte de uma criança inocente, isso não importa, o que importa realmente é a "autonomia" que a mulher deve ter sobre seu corpo. Isso é mais importante do que a vida intra-uterina de uma criança (!!!).
Espero sinceramente que os brasileiros não sejam enganados, especialmente os cristãos. Aliás, devo deixar bem claro que o objetivo principal da igreja nunca foi e não deve ser fazer política. Mas o cristão não deve ficar alheio ou alienado sobre essas questões. As Escrituras nos advertem a orar pelas autoridades, para que tenhamos paz e sossego. Ainda mais se temos a oportunidade de escolher essas autoridades, deveremos fazê-lo com inteligência, votando  em quem possui princípios morais e éticos firmes, que não dança conforme a música, e que não troca de ideologia conforme as conveniências. 

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